- Os alunos do 9º ano vespertino da Escola Emir de Macedo Gomes vivenciaram uma experiência pedagógica única ao visitarem a exposição itinerante "Moradores da Floresta", que esteve em exibição em São Mateus até esta quinta-feira (3).
- A mostra reúne mais de 100 espécimes plastinados de animais silvestres e da anatomia humana, proporcionando aos visitantes uma experiência imersiva e educativa.
- A exposição utiliza a técnica da plastinação, que preserva os corpos dos animais e estruturas humanas, permitindo uma visão detalhada da anatomia. Diferente dos métodos convencionais de preservação, a plastinação mantém os tecidos biológicos em excelente estado, sem risco de decomposição, o que torna possível uma observação realista e aprofundada.
- Durante a visita, os alunos foram acompanhados por mediadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que explicaram conceitos científicos e ambientais, além de apresentar o funcionamento da universidade, despertando nos estudantes o interesse pelo universo acadêmico.
- A exposição é fruto de um projeto inovador coordenado pelo professor de biologia Athelson Stefanon Bittencourt, que também é responsável pelo Museu de Ciências da Vida (MCV) e pelo Laboratório de Plastinação da Ufes (Labplast).
- De acordo com o professor, o objetivo do projeto vai além de exibir espécimes preservados: busca-se promover a educação científica, ambiental e conscientizar sobre a importância da preservação da fauna brasileira.
- "A plastinação transforma os corpos dos animais em verdadeiras ferramentas pedagógicas, permitindo que as pessoas compreendam melhor a biodiversidade e a necessidade de preservação dos nossos ecossistemas", afirmou.
- Dentre os animais expostos, destacam-se jaguatiricas, antas, harpias e outras espécies, muitas das quais foram vítimas de atropelamentos ou de caça ilegal. Por meio da plastinação, os corpos desses animais ganham uma nova função educativa, contribuindo para a conscientização ambiental.
Para o professor de Ciências da Escola Emir de Macedo Gomes, Wagner Prado, a visita teve grande importância para o aprendizado dos alunos. "Esta visita proporcionou uma conexão mais profunda com a ciência e a biodiversidade brasileira. A exposição despertou o interesse dos alunos por áreas como biologia e preservação ambiental, além de inspirá-los a considerar futuras carreiras acadêmicas", destacou.
- A exposição também oferece formação continuada para professores da rede pública, promovendo a qualificação docente e aprofundando os conhecimentos sobre biodiversidade, plastinação e o uso pedagógico da exposição.
- O coordenador pedagógico da Escola Professor Elbert Fávaro, ressaltou o impacto da visita para os alunos. "Além de aprenderem sobre os ecossistemas brasileiros, os estudantes puderam se imaginar, talvez pela primeira vez, como futuros cientistas, professores ou universitários. Foi uma experiência que ampliou seus horizontes acadêmicos e profissionais", afirmou.
- A exposição "Moradores da Floresta" é um exemplo claro do impacto transformador da extensão universitária, tornando a ciência acessível e relevante para a comunidade.
Publicado em sexta-feira, 04 de abril de 2025
